Em depoimento, o homem, que é major da Polícia Militar, afirmou também que o filho jamais relatou sofrer bullying na escola


O pai do adolescente de 14 anos que matou dois colegas e feriu outros quatro no Colégio Goyases, na sexta-feira (20/10), prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Apuração de Ato Infracional (Depai) de Goiânia nesta segunda (23). Major da PM goiana, o homem relatou ao delegado Luiz Gonzaga Júnior que o rapaz nunca comentou em casa que sofria bullying. Também disse que jamais ensinou o filho a atirar.

Com relação à pistola, o PM disse que estava descarregada e em cima do guarda-roupas. A munição ficava em uma gaveta trancada em outro quarto. Ele explicou ainda que não sabe como o filho conseguiu a chave para ter acesso aos projéteis. O policial também afirmou que o adolescente nunca havia tido contato com as armas dos pais
O major da PM começou a depor por volta das 10h. Falou por cerca de 40 minutos e saiu sem dar entrevistas. O depoimento foi curto, de acordo com a defesa da família, porque o homem já havia sido ouvido formalmente no sábado pelo Ministério Público, quando o adolescente também prestou depoimento.
A mãe do atirador, que é a dona da arma usada no ataque, foi internada na sexta, em estado de choque. Ela permanece no hospital e também será ouvida quando receber alta, o que pode ocorrer ainda nesta semana. Segundo a advogada do adolescente, Rosângela Magalhães, a família está “arrasada”.
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