Coração de doador era pequeno demais para o receptor e foi suturado ao órgão original

(Ludwig-Maximilians-University of Munich/Reprodução)


Um homem em Hyderabad, na Índia, passou a fazer parte de um seleto grupo de indivíduos que vive com dois corações.

O paciente de 56 anos estava à beira da morte em decorrência de doenças cardiovasculares, quando um doador compatível foi encontrado – um jovem de 17 anos que havia sofrido morte cerebral. Quando o coração chegou, porém, uma surpresa desagradável: o órgão era pequeno demais para bombear sangue pelo corpo consideravelmente maior do paciente.

Dr. Gopala Krishna Gokhale, responsável pela cirurgia, falou ao jornal The Hindusobre a situação. “O coração do doador era do tamanho de um punho normal – mas o coração da vítima era do tamanho de uma pequena bola de futebol”, afirmou. A solução? Realizar um procedimento raro, chamado heterotopia – ou, em português claro, unir os dois corações. O objetivo era simples: ao invés de realizar uma substituição, o coração do jovem daria auxílio ao funcionamento do coração “original”.
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